FisioTeraByte | Fisioterapia e saúde ao alcance de todos: AVE: Acidente Vascular Encefálico

AVE: Acidente Vascular Encefálico

Saiba mais sobre o AVE/AVC | Fisioterapia
Também conhecido como Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou derrame cerebral, porém o segundo não há precisão na sua nomenclatura, já que remete a um derramamento de sangue, o que nem sempre irá ocorrer, mas popularmente é empregado a todas as formas da doença. Já o termo Acidente Vascular Encefálico começou a ser utilizado para que ampliasse o conceito, assim envolvendo qualquer estrutura encefálica. 
O AVE poderá ocorrer de duas formas: quando houver uma obstrução (AVE Isquêmico), levando à interrupção do fornecimento de oxigênio e glicose ao tecido cerebral, ou no segundo caso um rompimento dos vasos (AVE Hemorrágico), levando o
derramamento ao cérebro e provocando (na área cerebral lesada pelo derramamento) paralisia ao lado que antes era nutrido corretamente.

Em relação aos sinais e sintomas do AVE é importante realçar que elas iniciam subitamente como também podem se apresentar de forma combinada ou única. Abaixo, segue uma lista referente aos sinais e sintomas:
  • paralisia, enfraquecimento ou parestesia (formigamento) na face, perna ou braço referente a um lado do corpo;
  • Dificuldade tanto na fala quanto na recepção da fala de uma outra pessoa, mesmos essas sendo simples frases;
  • Perda repentina ou alteração da visão, podendo ser de um olho ou ocorrendo nos dois olhos;
  • Dores de cabeça súbitas, persistentes e fortes;
  • Dificuldade na deglutição (ato de engolir o bolo alimentar);
  • Tontura, instabilidade, vertigem repentina e sem causa definida, gerando desequilíbrio, podendo estar associado a vômitos e náuseas.

Produção de Vídeo Aula - AVE (Acidente Vascular Cerebral)‬
Fonte: Canal do r2editorial, do youtube.

E quando a Fisioterapia irá atuar em um paciente que apresentar um AVE? Deverá começar de imediato, sendo o tratamento realizado a domiciliar ou no hospital. O posicionamento de um paciente que não consegue se mover adequadamente, o terapeuta deve ter o cuidado de posicioná-lo de forma correta no leito, lembrando de mudar a posição regularmente para que decorra em rigidez dos músculos e articulações. A Fisioterapia trabalha, consistentemente, com o paciente para que o mesmo consiga recuperar, da melhor forma possível, o equilíbrio e movimentos, evoluindo para a bipedestação (quando está em pé; postura ereta) e seguindo para marcha. Além da Fisioterapia Neurofuncional atuar em pacientes com AVE, a Fisioterapia foca na integridade musculoesquelética desses pacientes, assim como a Fisioterapia Aquática que pode auxiliá-los, atuando no Sistema Cardiovascular, apresentando melhoras devido a facilitação que a água permite nos exercícios aeróbios realizados também por pacientes com alta incapacitação.
Na fase aguda, quando nos deparamos com pacientes inconscientes, é fundamental avaliar a função respiratória, prevenindo a retenção e acúmulo de secreções, broncopneumonia e atelectasia, por essa razão que acontece as mudanças de decúbito a cada 2 horas (previne úlceras de decúbito), drenagem postural (indicado quando a inconsciência é prolongada ou entubação) e técnicas de percussão e vibração do tórax. A função musculoesquelética também é trabalhada neste caso, para manter ou ganhar amplitude de movimento, prevenindo contraturas e/ou deformidades, assim como tratamento subluxação de ombro e movimentos passivos são realizados nos membros superiores e inferiores para prevenção de TVP (Trombose Venosa Profunda). Quando lidamos com pacientes conscientes, os cuidados e prevenções não fogem da realidade dos pacientes inconscientes, porém há uma atenção na evolução do mesmo, condizendo com a precaução na força muscular, na propriocepção e normalização do tônus em hemicorpo, assim como na funções respiratórias, é trabalhado as manobras de higiene brônquica e de reexpansão pulmonar.
Na fase crônica (tardia), o trabalho de ganho de força muscular, propriocepção e tônus muscular são bem desenvolvidos juntamente com o treino de marcha, as AVDs (Atividades de Vida Diárias), a memória cinestésica e o reaprendizado motor. algumas das condutas de tratamento seguem adiante: alongamentos passivos, ativos-assistidos e ativos; Bobath; FNP (Kabat); FES (Estimulação Elétrica Funcional); Hidroterapia (Halliwick, Bad Ragaz, Watsu, Ai Chi); Exercícios ativo-resistidos e isométricos; Crioterapia; TENS (Neuroestimulação Elétrica Transcutânea), entre outros.



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